Um movimento guerrilheiro que ascendeu ao poder. Assim se resume de maneira sucinta e simplificada a Revolução Cubana. Mas ao contrário do que essa simples frase pode demonstrar, o movimento deixa marcas até hoje.
Ocorrida na década de 1950 na ilha de Cuba, América Central, a revolução cubana marcou a derrubada do regime golpista imposto pelo general Fulgêncio Batista. Antes de entender como ocorreu esse movimento guerrilheiro é preciso conhecer o contexto histórico em que está inserido.
Contexto histórico
Colônia espanhola até o final do século XIX, Cuba contou com a ajuda norte-americana para se tornar independente. Em 1898 o processo de independência se concretiza, e a ilha caribenha se torna um país. Mas, apesar da independência, Cuba passa a sofrer grande influência dos EUA.
O grande marco dessa dominação norte-americana é a criação da Emenda Platt, em 1901. Esse tratado entre os dois países garantia que os EUA poderiam intervir a qualquer momento em Cuba, seja na política ou outro aspecto da sociedade.
Com isso, a ilha caribenha sobreviveu para serviu aos interesses dos EUA durante a primeira metade do século XX. Nesse cenário surge a figura do general Fulgêncio Batista. O militar promove um golpe de estado em 1952, assumindo o comando do país no lugar do então presidente Carlos Prio Socarrás.
Fulgêncio Batista lidera um governo corrupto, perseguindo os seus opositores e atendendo aos interesses dos norte-americanos.
Com isso, surge um movimento de revolta dentro de Cuba. Liderado por Fidel Castro, um movimento de cunho nacionalista visa acabar com a ditadura de Fulgêncio Batista e terminar com a dependência dos EUA.
O marco inicial da Revolução Cubana
O marco inicial da Revolução Cubana acontece em 26 de julho de 1953. Um ataque liderado por Fidel Castro ao quartel de Moncada, arsenal de armamentos do exército cubano, tinha a expectativa de mobilizar a população cubana contra o governo ditador.
Mas, isso não acaba acontecendo e muitos guerrilheiros morrem. Fidel e seu irmão, Raul Castro, são presos e condenados a 15 anos de prisão. Apesar disso, dois anos depois, os irmãos são liberados pelo governo de Batista e se refugiam no México.
Durante esse exílio no México os irmãos Castros conhecem o argentino Ernesto “Che” Guevara que se junta à luta dos cubanos. Após um período de reconstrução do movimento, os revolucionários cubanos voltam a Cuba, com o objetivo de tirar Batista do poder.
Durante os anos de 1956 e 1959 os guerrilheiros travaram diversas batalhas com o exército cubano. Com o apoio inicial da população rural e, posteriormente, da população urbana, cansada dos desmandos do ditador, os guerrilheiros conseguem derrotar Fulgêncio Batista.
A data de 1° de janeiro de 1959 marca o fim da Revolução Cubana, pois é o dia que Fulgêncio Batista foge de Cuba, abdicando do poder. Após isso, o novo governo escolheu Marcelo Urrutia como um presidente temporário, e Fidel Castro se tornou o primeiro ministro do país .
Dicas Enem
Para você que vai prestar o Enem, fique ligado nas principais consequências da Revolução Cubana:
- Diversificação da economia cubana e início de industrialização;
- Reforma agrária e nacionalização de empresas no país;
- Embargo econômico dos EUA;
- Aproximação da ilha caribenha com o bloco soviético;
- Rompimento diplomático entre Cuba e os EUA;
- Invasão da Baía de Porcos, na ilha de Cuba, em 1961;
- Alinhamento de Cuba com as ideias socialistas;
- Crise dos mísseis em 1962.
Enfim, a Revolução Cubana afastou a influência norte-americana da ilha, tornando Cuba um dos principais desafetos dos EUA. Além disso, o movimento guerrilheiro em Cuba levou ao poder um grupo político que se mantêm há mais de 50 anos no governo do país.