Presente durante a passagem do século XIX para o século XX, o imperialismo é uma forma de expansão cultural, econômica e de influência das grandes potências. Como exemplo temos os EUA e os países da Europa ocidental sobre nações mais pobres.
Esse processo de expansão tem grande ligação com a segunda Revolução Industrial, que ocorreu em meados do século XIX. Com o aumento da produção industrial, proporcionado pela implementação de novas tecnologias, houve o acúmulo de capital por grandes grupos monopolistas.
Com recursos em abundância para investir na indústria, as grande potências passaram a procurar novos mercados consumidores, matéria-prima de qualidade e mão de obra barata. Isso gerou a corrida pela dominação econômica e cultural dos países africanos e asiáticos, por exemplo.
Além disso, baseado na justificativa de levar progresso a locais subdesenvolvidos, o imperialismo tinha grande influência do etnocentrismo e do darwinismo social.
O primeiro diz respeito ao entendimento que existem povos superiores aos outros, enquanto que o segundo trata da dominação de um país sobre o outro, retratando que ela se deve à seleção natural.
Partilha da África
No final do século XIX muitos países europeus já visavam a dominação do continente africano. Com isso, em 1876, o monarca belga Leopoldo II criou a Associação Internacional Africana. Ela garantiu à Bélgica o domínio do território do Congo, rico em minérios.
Essa atitude de Leopoldo II serviu de estopim para as grandes potências iniciarem a partilha da África. Com isso, entre os dias 15 de novembro de 1884 e 26 de fevereiro de 1885 ocorreu a chamada Conferência de Berlim. Ela ocorreu na cidade de Berlim, na Alemanha.
Essa conferência reuniu as 14 principais potências da época para discutirem o modo de como seria realizada a divisão do continente africano. É importante salientar que os líderes das tribos e nações africanas não estavam presentes nessa reunião.
Dessa maneira, foram realizadas divisões visando apenas os interesses europeus. Isso criou diversos conflitos étnicos e sociais na África. Com isso, mesmo após a descolonização, os países africanos continuaram assolados por diversos conflitos.
Imperialismo na Ásia
Ao mesmo tempo em que a África era repartida em diversas nações europeias, o continente asiático contava com a grande influência de dois países: Inglaterra e França. As duas potências controlavam as regiões mais importantes no aspecto econômico e financeiro do continente.
A Inglaterra, maior potência militar da época, passou a ter influência sobre a Índia desde a criação da Companhia das Índias Orientais, na segunda do século XVIII. Além da Índia, a Inglaterra também teve grande influência sobre a China. O principal negócio inglês em terras chinesas era o comércio de ópio, droga produzida na Índia.
Devido à oposição do governo chinês a esse comércio ocorreram as Guerras do Ópio entre os anos de 1839 e 1842, e 1856 até 1860. Com as vitórias inglesas, diversos tratados foram criados para favorecer os europeus. Os portos chineses foram abertos para os países europeus e o comércio do ópio foi liberado no país.
Dicas Enem
Para você que vai prestar o Enem, veja abaixo algumas dicas sobre o imperialismo norte-americano que influencia diretamente a América Latina.
Em 1823, os EUA adotaram a doutrina “Monroe”. Ela foi criada pelo presidente James Monroe. Essa doutrina tem como slogan a frase “América para os americanos”.
O intuito norte-americano era acabar com o domínio europeu na América Latina. Dessa forma, os EUA se tornariam a referência econômica e política do continente americano.
Outro momento marcante da imposição do imperialismo norte-americano é a doutrina “Big Stick” ou “porrete” em português.
Implementada pelo presidente Theodore Roosevelt, essa teoria visava uma maior participação dos EUA em guerras ou questões bélicas. Para assim, aumentar a influência do país no mundo.
Em suma, o imperialismo do século XIX é marcado pelo grande desenvolvimento industrial dos principais países do mundo e pela expansão econômica dos mesmos. Além disso, o imperialismo fez com que a diferença entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos só aumentasse.