Fundamental para que se tenha qualidade na escrita, a concordância é a relação de correspondência de flexão de dois termos. Essa concordância pode ser tanto verbal quanto nominal.
A concordância nominal fica responsável pela relação entre as classes de palavras. Enquanto isso, a concordância verbal se refere à relação que ocorre entre o sujeito da oração, período ou frase e o verbo utilizado.
Concordância verbal
Essa concordância acontece pela correspondência do número e pessoa entre o sujeito gramatical e o verbo. Veja a seguir algumas regras que vão te ajudar na realização das suas provas e concursos:
A primeira dica é para quando o sujeito é formado por pessoas gramaticais diferentes. O verbo deverá ficar no plural quando o sujeito for composto com pessoas gramaticais diferentes. E nesses casos, ele deve concordar com a pessoa gramatical que tem prioridade.
Essa prioridade quer dizer que a 1ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2ª (tu, vós) e a 2ª tem prioridade em relação à 3ª (ele, eles).
Veja alguns exemplos:
Nós, vós e eles vamos à festa.
Tu e ele falais outra língua?
Outro caso típico de questões sobre a concordância verbal é em relação a quantidades aproximadas. Quando são utilizadas as expressões “cerca de”, “menos de”, “em torno de”, junto com algum numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo. Veja o exemplo:
Cerca de mil manifestantes estiveram na rua hoje.
Mas quando a expressão utilizada for “mais de” e em seguida vier um verbo com reciprocidade, o verbo deve concordar com o plural. Veja o exemplo:
Mais de setenta pessoas se feriram no combate.
Mais uma regra sobre a concordância verbal é quando o sujeito é seguido pelas expressões “tudo”, “nada”, “ninguém”, “nenhum”, “cada um”. Nesses casos o verbo fica no singular. Veja o exemplo:
Maria, Joaquim, Marcelo, ninguém o convenceu de mudar a atitude.
Concordância nominal
Esse outro tipo de concordância é baseada na relação em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural) entre o adjetivo e o substantivo concedido a ele. Veja algumas dicas sobre o assunto:
A utilização de expressões como “É proibido”, “É permitido”, “É preciso”, “É bom”, “É necessário” varia com a presença de um artigo que determina o substantivo, mas a expressão continua invariável no masculino singular sem a presença de artigo. Veja os exemplos:
É permitida a entrada
É permitido entrada
Quando são aplicados termos como “Anexo”, “Próprio”, “Mesmo”, “Obrigado”, “Quite”, “Incluso”, entre outros, eles devem concordar em número e gênero com os substantivos que os acompanham. Veja os exemplos:
Seguem anexos os documentos.
Nós estamos quites.
José e Rafael foram obrigados a pedir desculpas.
Dicas Enem
Um assunto recorrente nas provas de língua portuguesa do Enem é em relação à variação linguística. Esse fenômeno ocorre pela grande possibilidade de variações dentro de uma língua, devido a modificações de vocabulário, morfologia, sintaxe e pronúncia.
Essas variantes ocorrem dentro das línguas por conta das diferentes características das pessoas falantes. Fatores como a classe social, sexo e região geográfica influenciam diretamente na variação da língua.
Alguns tipos de variação linguística são:
- Regional
- Social
- Estilísticas
- Morfossintáticos
- Fonológicos, entre outros.
Com esse contexto é preciso ressaltar que as variações linguísticas atendem às necessidades comunicativas e cultural dos seus emissores.
Sendo assim, não existe uma variação linguística superior à outra, e sim falantes que se adequam a cada tipo de variação e a utilizam no seu dia a dia.
Enfim, a concordância verbal e nominal são de suma importância para uma boa escrita, e a língua portuguesa é uma parte fundamental para resolver qualquer questão. É preciso compreender as variações linguísticas e como elas influenciam nas relações interpessoais.