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Nível de proficiência em inglês no Brasil ainda é considerado baixo

Inglês

O Brasil atualmente teve uma leve queda no nível de proficiência em inglês no EF EPI 2019 (Índice de Proficiência em Inglês da EF), ficando no 59º lugar entre os países e regiões do mundo. Isso significa que ainda há um longo caminho para ser percorrido, sobretudo no treinamento de professores e desenvolvimento dos alunos. 

Na edição anterior, nosso país ficou na 53ª posição, atrás da Albânia e da Indonésia. Os dados são preocupantes tendo em vista a importância de saber se comunicar em uma língua estrangeira

O EF EPI é um importante teste que avalia as competências nesta língua em 100 países e territórios em todo o mundo. Atualmente encontra-se em sua 9ª edição e é um estudo de referência internacional que pode ajudar a reconhecer acertos e erros: Os acertos que fizeram determinado país estar à frente no nível de aprendizado, ou, por outro lado, os erros nos métodos de ensino de um país com resultados de baixa ou muito baixa proficiência que precisam ser melhorados.

Imagem: https://englishlive.ef.com/pt-br/ 

Mas como são feitos esses testes? Os testes de leitura e escrita são feitos com adultos de ambos os sexos e acima dos 18 anos são realizados de maneira espontânea através da plataforma online do EF. Ao realizar os testes, são levados em conta os seis níveis de fluência do Common European Framework of Reference for Languages (CEFR). A média de idade da amostra deste ano é de 26 anos, e as pessoas testadas moram em diversas regiões de um país. 

O Brasil, por exemplo, teve uma média de pontuação de 50,10, ficando na posição 12/19 na América Latina. Rio de Janeiro, Santa Catarina e Minas Gerais foram as regiões de maior índice do país enquanto que a Amazonas, Pará e Mato Grosso apresentaram os piores resultados.

Em tempo: Qual a importância do aprendizado da língua inglesa?

É incomensurável o valor do aprendizado da língua inglesa nos nossos dias. Países como a Holanda, Suécia e Noruega, líderes do ranking de índice de Proficiência em Inglês da EF deste ano, tem em comum um olhar avançado sobre a educação. 

Com suas estratégias de ensino, esses países possibilitam aos seus nativos meios para se comunicarem em outra língua, tendo maiores oportunidades de trabalho de maneira geral. São países também com um alto índice de desenvolvimento e alta renda per capita.

Mas como se explica que a língua inglesa tenha um desenvolvimento tão bom nesses países? São vários fatores que levam a isso. A Holanda, por exemplo, é um país com uma cultura muito rica. A língua oficial é o holandês (ou neerlandês). É um país pequeno que possui uma população de cerca de 17,18 milhões de pessoas que precisam se comunicar com o resto do mundo, já que o holandês só é falado por lá. Esse é apenas um dos motivos que incentivam o aprendizado do inglês. Assim como a Holanda, a Noruega também tem uma língua própria, o norueguês, e também há desde cedo incentivos para o aprendizado de uma segunda língua. Isso explica um pouco porque esses são dois dos países no topo do ranking.

Como podemos perceber, hoje em dia, falar e entender inglês deixou de ser um diferencial para se tornar uma necessidade. Algo que possibilita novos negócios, estudos e aprendizados. Apesar de não ser a língua mais falada no mundo (mandarim ocupa o primeiro em número de falantes), o inglês garante a comunicação em grandes ou pequenos grupos de pessoas cujas línguas nativas sejam diferentes. É o ponto em comum que ajuda seus falantes a mergulhar em uma imersão cultural, ampliando seu conhecimento de mundo e abrindo novas portas para viagens e turismo, além do já citado fator profissional. Mas há um longo caminho a se percorrer para ter fluência na língua. 

Imagem: Roomdock

São esses os níveis de fluência da língua inglesa: 

  • Nível A: Ao terminar o nível A, o estudante deve ser capaz de entender o básico da língua, sabendo expressões mais corriqueiras como cumprimentos, solicitação de informações e sentenças breves. 
  • Nível B: Neste nível intermediário, o estudante já tem maior conhecimento de expressões e é capaz de formular e falar, além de compreender determinados assuntos. No nível B2 há uma compreensão de assuntos específicos e técnicos.
  • Nível C: Para ser considerado fluente em uma língua, o falante deve ser capaz de se comunicar com clareza e compreender textos mais complexos, incluindo aqueles técnicos. Quem possui este nível já está pronto para trabalhar ou atuar em outro país.

Como qualquer aprendizado, a absorção dos conteúdos em inglês é feita de maneira sequencial. O tempo necessário para desenvolver essas habilidades será resultado de vários fatores que englobam tempo disponível, material de qualidade, possibilidade de conversação com nativos e, sobretudo, dedicação.

Escrito por Especialista em Educação

Redator especialista em educação do Guia do Ensino.

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