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Concordância verbal e nominal: confira dicas práticas

A concordância verbal e nominal é cobrada tanto na redação quanto na prova de Língua Portuguesa

pessoa escrevendo as regras da concordância verbal e nominal

Um dos temas mais cobrados em provas de Redação e Português é a concordância verbal e nominal. Na elaboração da frase, as palavras relacionam-se umas com as outras. Ao se relacionarem, elas obedecem a alguns princípios: um deles é o da concordância.

Portanto, há dois tipos de concordância: a concordância nominal e a concordância verbal. Veja mais detalhadamente:

  • Concordância nominal: tanto o artigo quanto o adjetivo (ambos adjuntos adnominais, ou seja, que se ligam ao nome, ao substantivo) concordam com o gênero e o número do substantivo.
  • Concordância verbal: o verbo concorda com o sujeito em pessoa e em número.

Regras gerais de concordância nominal

A concordância nominal é aquela em que o núcleo formado – geralmente por substantivo ou pronome – relaciona-se com o adjunto adnominal ou o predicativo expresso por adjetivo, pronome, numeral ou artigo.

Neste artigo, vamos abordar apenas dois casos gerais de concordância, sem adentrar em detalhes de variações.

Quando se faz referência a mais de um elemento, há duas formas em que a concordância nominal pode ocorrer: a atrativa e a lógica.

A primeira ocorre quando se faz a concordância apenas com o elemento mais próximo. A segunda ocorre quando se faz a concordância com todos os elementos relacionados, ainda que distantes.

Variações de gênero e número

As flexões ou variações de gênero e número são estabelecidas de acordo com as regras previstas na gramática normativa da Língua Portuguesa.

  • Quando o adjetivo for simples, concorda com o substantivo em gênero e número: Homem simpático  |  Mulher simpática
  • Quando o adjetivo for composto, geralmente varia apenas o segundo elemento formador: Situação socioeconômica   |   Situações socioeconômicas

*se o adjetivo indicar cor e o último elemento for substantivo não varia. Somente o termo “infravermelho” varia por ser o radical um adjetivo. No adjetivo “surdo mudo” ambos variam.

  • Para adjetivos relacionados a dois ou mais substantivos de gênero diferentes.

Se vier anteposto aos substantivos, concorda apenas com o mais próximo:
Bela margarida e cravo  |   Belas margaridas e cravos

Se vier posposto aos substantivos, concorda com o mais próximo ou vai para o masculino plural: Margarida cravo belo   |   Margarida e cravo belos  
|   Cravo e margarida bela   |   Cravo e margarida belos

Se o adjetivo desempenhar a função de predicativo, deverá concordar de modo lógico:

O amor é doído   | Essa música torna as horas inesquecíveis

Regras gerais da concordância verbal

O estudo de concordância verbal está ligado à percepção do sujeito na oração, uma vez que o verbo se flexiona para concordar em número e pessoa com o sujeito.

Concordância verbal é aquela em que o núcleo verbal se relaciona com o (s) núcleo (s) do sujeito, geralmente expresso (s) por substantivo, pronome ou qualquer outra palavra substantiva. A regra geral da concordância verbal diz que o verbo sempre concorda em número e pessoa com o sujeito. Exemplo básico:

“As mulheres já nascem deusas”    |    “Que horas são?”

Casos especiais na concordância verbal e nominal

Mas há diversos casos especiais, aqui os citaremos rapidamente:

  • Coletivo partitivo seguido de nome no plural – o verbo concorda com o coletivo ou faz plural, concordando com o mais próximo. Exemplo:

“A maior parte das crianças pensa/pensam de modo organizado”

  • Número porcentual ou fracionário. Exemplo:

“Um por cento de todos os homicídios do mundo ocorre em São Paulo”.

  • Nome próprio no plural – se vier com artigo fica no plural, se não, fica no singular. Exemplo:

“Os Estados Unidos são a nação mais ambiciosa” | “Minas Gerais é um grande estado”.

  • Voz passiva sintética – verbo transito direto (+se) concorda com sujeito. Exemplo:

“Vende-se casa”   |   “Vendem-se casas”.

  • Voz passiva analítica – o verbo auxiliar concorda com o sujeito. Exemplo:

“Foram encontradas duas crianças”   |   “Serão formulados novos objetivos”.

Como usar o “se”

  • Sujeito indeterminado com pronome “se” – o verbo intransitivo, transitivo ou de ligação sempre fica no singular. Exemplo:

“Necessita-se de plantas medicinais”   |   “Trata-se de problemas emocionais”

  • Os verbos intransitivos “existir”, “acontecer”, “ocorrer”, “faltar”, “sobrar”, “bastar” concordam com o sujeito geral pospostos. Exemplo:

“Existem pessoas que gostam de rabanete com limão”   |   “Acontecem fenômenos estranhos com as crianças”   |   “Ocorreu um fato surpreso”   |   “Faltam três anos para…”

Atenção para o verbo haver

Os verbos impessoais “fazer” e “haver” ficam sempre no singular, mesmo nas locuções formadas por verbo auxiliar. Exemplo:

“Faz dez anos que viajaram”   |   “Deve fazer oito dias que começamos esse plano”   |  “Pode haver muitos sonhos ainda a serem realizados”

  • Sobre o verbo de ligação “ser” quando concorda com pronome pessoal ou nome próprio. Exemplo:

“Tudo são ilusões”   |   “Fernanda/Ela é o sonho da mamãe”

Dicas Enem

Estudar concordância nominal e verbal é essencial para obter uma boa colocação no Enem e outros vestibulares. Outra dica é fazer muita leitura para se habituar ao bom português. Bons estudos e boa sorte!

Escrito por Redator Especialista em Língua Portuguesa

Redator especialista em Língua Portuguesa.

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